Projeto Salto Azul

Em 21/03/22 16:16 Atualizada em 23/03/22 15:53

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O Projeto Salto Azul surgiu da necessidade de dar maior visibilidade aos indivíduos no TEA (Transtorno do Espectro Autista) e suas famílias que enfrentam constantemente, por falta de compreensão e informação sobre a condição, situações desconfortáveis e até de preconceito social em várias instâncias: desde a uma matrícula recusada na escola até a um atendimento prioritário negado.

A idealizadora do Salto Azul é a Terapeuta Ocupacional de Goiânia, Rejane Damaceno, que também é paraquedista e elaborou todo o projeto contando com apoio dos parceiros: Mariana Fernandes, discente vinculada ao Programa Interdisciplinar em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás, a empresa ABA+ Inteligência Afetiva.

O Projeto Salto Azul chamou atenção de vários indivíduos autistas pelo Brasil a fora e com a grande repercussão nas redes sociais, as famílias abraçaram a causa.

Pode causar estranheza tratar sobre um esporte radical como o paraquedismo e correlacioná-los ao autismo, contudo a interdisciplinaridade que o Programa oferece nos estimula a despertar diferentes áreas e articular pontos de cruzamento entre diferentes atividades e o pensar sobre Direitos Humanos.

Dentre tantas outras atividades para a manutenção da qualidade de vida de qualquer indivíduo, a prática esportiva, sem dúvidas, é indicada para desenvolver habilidades, tais como: interação social, comunicação, cumprimento de regras, espírito de equipe e troca de turnos, característica estas que são tão valiosas para autistas.

Diante disso, o Salto Azul será um momento para difundir a informação relativa ao transtorno e suas implicações através do esporte, uma excelente oportunidade de promover a aceitação, a difusão da informação e de chamar a atenção para as milhares de pessoas que vivem o autismo diariamente, dentre elas os próprios autistas, seus familiares e profissionais envolvidos no tratamento e inclusão.

O autismo é uma condição permanente, com tratamento adequado e intervenção precoce, o desenvolvimento dessas crianças pode apresentar melhoras significativas em áreas em que os indivíduos apresentam maiores dificuldades: interação e comunicação social muitas vezes prejudicadas, padrões estereotipados e repetitivos de comportamento.

O tratamento é multiprofissional e os serviços incluem: fonoaudiologia, terapia comportamental e terapia ocupacional, todos voltados para estimular o desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal, bem como de um comportamento social relevante e conteúdos acadêmicos, além de conquistar independência, autonomia e qualidade de vida.

Apesar de toda a informação circundante nas redes, a sociedade brasileira ainda sabe pouco sobre a condição do autista. Observa-se constantes dúvidas a respeito de como ensinar crianças e adolescentes com autismo na escola, como recebê-los no comércio, no banco, ou até mesmo num hospital. As dificuldades existem por falta de informação relevante, adequada, para que torne qualquer ambiente mais inclusivo.

Em 2022, nos Estados Unidos, o CDC (Centers for Disease Control and Prevention) - Centros de Controle e Prevenção de Doenças, divulgou que: “1 em cada 44 crianças foi identificada com transtorno do espectro do autismo (TEA), de acordo com estimativas da Rede de Monitoramento de Deficiências de Desenvolvimento e Autismo (ADDM) do CDC”. Além de reafirmar que o autismo é 4 vezes mais comum entre meninos do que em meninas.

Dentre tantas outras atividades, para a manutenção da qualidade de vida de quaisquer indivíduos que precisam ser notados, a visibilidade da prática esportiva como o paraquedismo em um projeto pioneiro como este que irá chamar atenção da sociedade à conscientização do autismo e, consequentemente, trazer a reflexão sobre a necessidade de defesa e proteção destes seres vulneráveis e passíveis de proteção integral.

 

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